A importância da literatura na sala de aula.


O papel dos livros, da leitura e do conhecimento da literatura na construção do indivíduo em formação, em sala de aula e nas intervenções pedagógicas

"O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. 
Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria"
Mário Quintana

Por meio da literatura, o aluno satisfaz suas necessidades, sendo-lhe permitido assumir uma atitude crítica em relação ao mundo, advinda das diferentes mensagens e indagações que a literatura oferece. Como escrevia Jacinto do Prado Coelho, "não há disciplina mais formativa que a do ensino da literatura. Saber idiomático, experiência prática e vital, sensibilidade, gosto, capacidade de ver, fantasia, espírito crítico - a tudo isso faz apelo à obra literária, tudo isto o seu estudo mobiliza".
A criança que lê desenvolve o senso crítico e melhora a escrita. Para tanto, devemos incutir em nossos alunos que a literatura é algo bom, natural, fácil e prazeroso e não exige esforços nem dificuldades. Sendo assim, faz- se imprescindível que o convívio com os livros extrapole o desenvolvimento sistemático da sua escolarização e que a literatura passe a ser difundida com mais intensidade nas escolas.
Sabemos que a literatura, seja ela brasileira ou estrangeira, não está tão presente nas salas de aula quanto deveria. Isso porque para muitos professores a literatura é um conteúdo sem significado, pois não tem um objetivo técnico, preciso de obter algum conhecimento. Ou seja, a literatura só tem valor acompanhado de algum ensinamento objetivo, exato e que possua estritamente cunho pedagógico. Nenhum professor de literatura deverá inibir-se de pôr em prática leituras, comentários ou interpretações que estimulem nos estudantes a sensibilidade, o senso crítico, a capacidade argumentativa, e sejam assim susceptíveis de lançar alguma luz sobre essa realidade indefinível a que chamamos universo literário.
Daí, a problemática de que temos nos ocupado para consolidar a presença da Literatura no elenco do ensino discente, visto que a literatura se apresenta como veículo criador e socializador da linguagem e dos valores que acreditamos nos identificam. Em decorrência, a presença da literatura na escola propicia a exploração de inúmeras possibilidades de educação no desenvolvimento social, emocional e cognitivo do aluno. Ao longo dos anos, a educação preocupa-se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque se vive em uma sociedade onde as trocas sociais acontecem rapidamente, seja por meio da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual. Diante disso, a escola busca conhecer e desenvolver no aluno as competências da leitura e da escrita apenas através de atividades de leitura que eles não gostam de ler e fazem-no por obrigação. No entanto, a literatura não está sendo explorada como deve nas escolas e isto ocorre em grande parte, pela pouca informação dos professores. A formação acadêmica infelizmente não dá ênfase à leitura e esta é uma situação contraditória, pois segundo comentário de Machado "não se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto as salas de aula brasileira estão repletas de pessoas que, apesar de não ler, tentam ensinar". A literatura tornar-se uma grande aliada do professor e pode influenciar de maneira positiva neste processo. Assim, Bakhtin expressa sobre a literatura abordando que por ser um instrumento motivador e desafiador, ele é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
De fato, à interpelação contida no objeto de conhecimento - os textos literários - corresponde o envolvimento (e a implicação) do leitor no processo de leitura. Este, por sua vez, desencadeia hábitos de reflexão, de interrogação e de crítica que afetam o processo de transmissão, impedindo a sua cristalização em fórmulas ou técnicas estereotipadas.
Com o gênero literário Contos de Fadas, podemos responder a várias perguntas, analisando principalmente a situação da personagem "bruxa" dos contos fantásticos. As mulheres sempre tiveram uma relação muito próxima com a natureza. Algumas delas usavam ervas e raízes para a cura de doenças, e isso fez com que fossem consideradas curandeiras, porque o povo buscava com elas ajuda para seus males. Essas mulheres eram mais velhas e passaram a ser conselheiras da comunidade, ameaçando o poder patriarcal, especialmente a partir do momento em que a Igreja Católica começa a governar junto com o Estado. Ao ser criada a Inquisição, mulheres foram torturadas e mortas em fogueiras, pois eram tidas como pagãs e cúmplices do diabo. Na verdade, simplesmente usavam forças da natureza evocadas por meio de orações, com o que acreditavam ajudar o povo.
Equivocadamente vistas como seres do mal, essas mulheres tiveram sua morte justificada. Por esse motivo, a imagem que delas foi perpetuada é a de velhas e feias, portanto motivo de medo para as crianças. Essas ideias, até hoje, são reproduzidas em livros infantis. Isso também contribui para o preconceito contra a mulher, embora houvesse homens bruxos. E assim as bruxas se tornaram grandes personagens dos contos de fadas, eternizando-se por meio do folclore literário.
Para Bettelheim, a simbologia que existe nos contos de fadas auxilia as crianças a encontrar significado para a vida. Elas se identificam com as personagens no enfrentamento de perigos, representados por situações novas e surpreendentes. O medo infantil se associa ao medo de ficar independente e crescer. Está relacionado, na verdade, à perda da proteção da mãe, pois o crescimento é um conflito entre o desejo da separação e, ao mesmo tempo, o medo dessa separação.
 Na série Harry Potter, de J.K. Rowling, o estereótipo da bruxa má e feia, que conhecemos em nossa infância, é substituído por uma imagem glamurosa de ambos os gêneros de feiticeiros. Nos livros, as personagens infantis aprendem a afastar seus medos, enfrentando situações ridículas ou perigosas. As adaptações cinematográficas tiveram uma grande repercussão no universo infantil. Harry Potter é uma criança com poderes especiais desejados por aqueles que se identificam com o filme e que, por isso, acabam dominando seus medos, transformando-os em poder interior. Por meio da ficção, a criança, portanto, aprende a enfrentar sua realidade e viver além de sua vida imediata, vivenciando outras experiências. Por isso, seduz e encanta, mesmo sem tarefa, sem nota, sem prova, a literatura educa e, portanto é importante pedagogicamente.
Do imenso leque de obras literárias para o trabalho em sala de aula, uma delas se destaca servindo de sustentáculo de nossa educação formal. É o livro Meu pé de laranja lima, que será um grande instrumento para transformação e remodelação no processo de intervenção pedagógica para o aluno com dificuldades. Meu pé de laranja lima, de José Mauro Vasconcelos, serve de modelo para a compreensão de que a literatura dentro da intervenção pedagógica pode caminhar junta, tornando-se um estímulo para nossos alunos do ensino fundamental, que chegam a essa fase escolar sem um parâmetro de leitura, que segue o sentido contrário a um dos pilares da educação mineira, que se trata de "Toda criança lendo e escrevendo até os 8 anos".
Um aluno em idade de 11 anos, que não percebe a leitura, não adquiriu o conhecimento por meio dos sentidos da leitura, necessita de um ajustamento, uma intervenção pedagógica, pois houve problemas nos anos iniciais de sua formação. De acordo com Bernardo Toro, vice-presidente de relações públicas da Fundação Social, entidade civil cuja missão é combater a pobreza na Colômbia, se a criança não aprende, não culpe a criança, culpe o método que o professor usou para ensinar. Nesse sentido, entra o trabalho do psicopedagogo, do supervisor e do professor da instituição, juntamente com os pais.
Na realidade da sala de aula, para estudo e análise, Meu pé de laranja lima é um livro extremamente marcante, comovente e triste. Marcante pela ironia da sua história, comovente pela simplicidade transmitida e com que é escrito e triste pela dor e pelas perdas retratadas. Um livro simples que transmite uma mensagem e sentimentos sutis e profundos. Com uma mescla de turbulentas emoções e pequenas conquistas e vitórias, vividas pelas personagens, que vêm ao rubro de forma simples e eloquente em cada palavra. Neste livro o mais importante não é os grandes feitos ou qualquer outro ato considerado por nós, na nossa cegueira e egocentrismo, digno e merecedor de importância, mas sim as pequenas coisas que no fundo acabam por ser as mais bonitas e importantes; as pequenas vitórias; a dor e a conquista, do mundo real e da vida real, que acabam por ter uma fantasia mais doce e bonita e um misticismo mais profundo do que as grandes lendas ou histórias, apenas pelo que são.
É possível ampliar no aluno sua capacidade da oralidade, viver experiências alheias narradas e vivenciadas no imaginário pessoal
Meu pé de laranja lima, como tantos outros clássicos da nossa literatura infantil, contribui para o encontro da criança com a literatura, para o desenvolvimento de sua competência leitora condição necessária, uma vez que esta deverá ser resgatada sem ter a pretensão de fazer análise literária, mas sim que realçar alguns elementos importantes para compreensão do aluno, como enredo tempo, espaço, personagens, que comentem sobre as peculiaridades das obras, contextualizando-as em relação ao estilo de época, ao estilo individual, e também a certos aspectos que são específicos da linguagem literária, como o uso de imagens, as marcas da oralidade, o ritmo da narrativa etc.
Há obras que de alguma forma são capazes de transformar o leitor, e a consagrada obra de literatura fantástica O Pequeno Príncipe é uma delas, quase uma ficção científica, que transmite ensinamentos, amizade e companheirismo. Uma das mais belas obras, escrita por Antoine Jean Baptiste Roger de Saint-Exupery, capitão e piloto de aviões. Fazia reconhecimentos aéreos e morreu em sua última missão, em 1944, aos 44 anos de idade. Foi um escritor de grande sensibilidade, com grande preocupação com o sentido do humano e da existência. Em uma narrativa poética vai elaborando sua visão de mundo e mergulha no próprio inconsciente. De repente retornamos aos nossos sonhos infantis e reaparece a lembrança de questionamentos acomodados. É uma obra que nos apresenta uma profunda mudança de valores. Pelas mãos desse autor, o leitor apossa-se de muita sabedoria e do discernimento do que é essencial, em sua narrativa metafórica.
Com ela, podemos trabalhar a construção e o reconhecimento da identidade por meio de projeção e identificação, aspectos e processos psicológicos presentes na experiência de contato da criança com a obra literária, considerando o imaginário enquanto campo vivencial, dotado de significados e conceitos, tal qual a experiência concreta.
Também é possível ampliar no aluno sua capacidade da oralidade, viver experiências alheias narradas e vivenciadas no imaginário pessoal.
Como a literatura infantil prescinde do imaginário das crianças, sua importância se dá a partir do momento em que elas tomam contato oralmente com as histórias, e não somente quando se tornam leitores.
Desenvolver o interesse e o hábito da leitura é um processo constante, que começa muito cedo, em casa, aperfeiçoase na escola e continua pela vida inteira.

Luciana Daniele Costa é graduada em Letras, Especialista em Educação Inclusiva e Psicopedagogia. Atua como educadora no sistema público de ensino de Minas Gerais.


Aprovação do Ensino Fundamental em 2012 foi de 86,9%



Crescimento em relação ao ano anterior foi mínimo, mas tendência é de melhora

Aprovação do Ensino Fundamental em 2012 foi de 86,9%
João Bittar/MEC



Do Todos Pela Educação.
A taxa de aprovação do Ensino Fundamental público do País foi de 86,9%, o que mostra um crescimento baixo, de menos de 0,5%, em relação a 2011, quando a taxa era de 86,3%. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foram divulgados no site do órgão no início do mês.
Nos anos iniciais, a taxa foi de 90,6%, enquanto os finais registraram um índice menor, de 82,6%. Mais uma vez, o menor número está no 6º ano, que registrou 79% de alunos aprovados em 2012. A região do País com a menor taxa é a Nordeste, com 81,7%. Em contrapartida, o Sudeste tem o índice mais alto: 91,1%.
Já no Ensino Médio, a taxa de aprovação foi de 76,5%, com o 1º ano apresentando a menor porcentagem: 69,3%. A taxa de aprovação mais baixa da etapa ficou com o Centro-Oeste (73,3%), enquanto a mais alta é, mais uma vez, do Sudeste (78,5%).
“O aumento é pequeno, mas o importante é não retroceder. O que realmente importa é essa tendência de subida que vem se concretizando”, resume Ruben Klein, diretor presidente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave) e consultor da Fundação Cesgranrio. “Agora, começamos a perceber um crescimento nas taxas do Ensino Médio de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o que não ocorria antes.”
Para ele, uma aceleração no crescimento das taxas de aprovação só ocorreria se fossem instituídas políticas públicas mais focadas. “Somente um grande esforço tira a estagnação. Por isso que é importante observar estado por estado”, afirma o especialista.
Klein ainda destaca que a tendência de melhora é mais forte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. “O segundo ciclo e o Ensino Médio caminham mais devagar”, afirma. Ele lembra que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que considera em sua composição, além do desempenho na Prova Brasil, as taxas de aprovação, pode ser um fator essencial no aumento, mesmo que pequeno, dos índices. “Existe a possibilidade de as taxas deste ano de 2013, em que será aplicada uma nova Prova Brasil e será calculado um novo Ideb, crescerem por conta disso”, explica.
Reprovação
As taxas de reprovação também apresentam melhora em relação a 2011. Nas redes públicas de Ensinos Fundamental, urbanas e rurais, esse índice foi de 10,1% – para os Anos Iniciais, 7,7%; para os Anos Finais, 12,8%. No Médio, a taxa atingiu 13,1%.
No ano anterior, a reprovação no Fundamental era de 10,5% e, no Médio, de 14%.
“Os números mostram que é improcedente a crítica já muito popularizada de que todo mundo passa de ano. Não é verdade: existe reprovação e ela se manifesta desde o primeiro dia de aula – não é de uma hora para outra”, diz Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). “Os alunos são reprovados porque sabem pouco. Falta acompanhamento para eles. Faltam políticas que efetivamente cheguem à escola, contemplando um apoio pedagógico constante, incluindo avaliações. Muitas crianças chegam com dificuldades e encontram uma estrutura não amigável.”
Já o índice de abandono do Fundamental público, em 2012, foi de 3%, enquanto o Médio totalizou 10,4%. No ano anterior, essa taxa no Fundamental foi de 3,2% e, no Médio, de 10,8%.
“Alunos que chegam ao 5º ano mais velhos, quando alcançam o Ensino Médio estão ainda mais velhos, o que dificulta o vínculo com a escola. As dificuldades são cumulativas. Elas não desaparecem só porque existe um professor dentro da sala de aula. As dificuldades de aprendizagem e a baixa proficiência aparecem desde o início da escolarização”, explica Alavarse. “É necessário o desenvolvimento de um processo de fixação do estudante no ambiente escolar.”
Defasagem
As taxas de defasagem idade-série de 2012 também foram divulgadas. No Ensino Fundamental público, considerando escolas urbanas e rurais, o índice chegou a 24,7%, sendo 18,9% para os anos iniciais e 31,4% para os finais. A taxa do 6º ano supera a de todos os outros: 35,5%.
No Ensino Médio, a defasagem idade-série no ensino público foi de 34,5%, com o 1º registrando a maior porcentagem da etapa: 38,3%.
Os dados apresentam ligeira queda em relação a 2011, quando a taxa do Fundamental era de 25,6% e, do Médio, de 36,3%
Gargalos
O 6º ano, mais uma vez, registra os piores resultados de todo o Ensino Fundamental, assim como o 1º ano do Ensino Médio nessa etapa de ensino. Nesses dois anos concentram-se, historicamente, as mais baixas taxas de aprovação e as mais altas de reprovação e abandono.
Para especialistas, a ausência de políticas públicas que foquem na transição dos anos iniciais para os finais é um dos principais agravantes da situação.
“Poucos sistemas têm recuperação desde o 1º ano, logo no início da escolaridade. Quando o aluno sai da alfabetização e alcança o 6º ano, o foco se perde, porque são muitas disciplinas e currículo é quase como uma checklist”, afirma Maria Amabile Mansutti, coordenadora técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). “Praticamente não existem ações focadas para essa etapa.”

fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/27692/aprovacao-do-ensino-fundamental-em-2012-foi-de-869/

A importância do hábito de ler


Existem três objetivos distintos para compreender a importância do hábito de ler, são eles: ler por prazer, ler para estudar, ler para informar-se.
Publicado por: Elen Cristine em Educação 
Adquirindo o hábito da leitura.

Através dos registros escritos descobrimos e aprendemos culturas, histórias e hábitos diferentes, compreendemos a realidade, o sentido real das idéias, vivências, sonhos, etc.
Diante do fato, pode-se considerar a leitura como uma das mais importantes tarefas que a escola tem que ensinar, mas é importante ressaltar que para isso o professor deve ter consciência da necessidade, além de praticar com eficiência o hábito da leitura.
Grande parte das escolas trabalha somente com textos literários e didáticos e muitas vezes selecionam esses materiais de forma burocrática, ou seja, uma relação de interesse entre editora, escola e, até mesmo, professor. Convém deixar claro que esse tipo de atitude não é de forma generalizada, pelo contrário, existem educadores que realmente desempenham seu papel de maneira responsável, desenvolvendo estratégias e diferentes formas de realizar uma leitura eficiente.
Segundo estudiosos, existem três objetivos distintos para compreender a importância do hábito de ler:
• Ler por prazer;
• Ler para estudar;
• Ler para se informar.

Através da leitura realizada com prazer, é possível desenvolver a imaginação, embrenhando no mundo da imaginação, desenvolvendo a escuta lenta, enriquecendo o vocabulário, envolvendo linguagens diferenciadas, etc.
A leitura voltada para o estudo é a mais cobrada pelos professores desde o início do ensino fundamental, apesar de muitos não estarem preparados para desenvolver em seus alunos tal hábito.
A leitura dinâmica e descontraída é uma das melhores formas de adquirir informações. O ideal é que se aprenda a ler textos informativos, artigos científicos, livros didáticos, paradidáticos, e etc.

Fonte>


ARTE NA EDUCAÇÃO

Para que serve a arte? O que significa? Que contribuição traz? Segundo alguns depoimentos, significa o inexplicável, “o espelho da vida”, “vida”. Para alguns, a arte concretiza-se na música que gostam de ouvir, tocar ou cantar; na dança que os faz felizes; na personagem com a qual se identificam em uma peça de teatro; na pintura, na produção plástica que elaboram; na imagem na qual seus olhos passeiam e os leva a dialogar com o que estão vendo; na apreciação das manifestações artísticas de que gostam “caminhar para que a área de Arte seja trabalhada como área de conhecimento, por intermédio da arte.Portanto, ao se refletir sobre o processo educativo, observa-se que as questões sociais da atualidade tratadas pelos temas transversais têm na Arte um campo privilegiado para seu desenvolvimento.
Objetivos do ensino de Arte
Os objetivos gerais da área de Arte apresentados para a educação tem objetivos de experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística, é importante que o aluno, além de produzir e se desenvolver nas linguagens artísticas que já fazem parte da sua experiência de vida, entre em contato, experimente, explore e se desenvolva no aprofundamento de cada linguagem, que deverá ser considerada em sua extensão, ampliando seu repertório expressivo e sua capacidade de compreensão do mundo.
É papel de o professor levar o aluno a compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas.
Encontrar canais de expressão e comunicação para ideias, sentimentos e vivenciais, desenvolvendo imaginação, percepção, pesquisa pessoal e/ou grupal, tendo a arte como linguagem, contribuindo no desenvolvimento afetivo, cognitivo, estético e artístico do aluno ampliando sua própria expressão, sua capacidade de argumentar e defender ideias, de organizar o pensamento, refletindo sobre a produção e a fruição de produtos artísticos, esse aluno terá na escola oportunidades de fazer leituras da realidade e de conhecer possibilidades diferenciadas de significá-la.
Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos Diversos em Arte (sucatas, artes visuais, dança, música, teatro), de modo a utilizá-los em trabalhos pessoais, identificá-los e interpretá-los na apreciação e contextualizá-los culturalmente.
O aluno precisa ter acesso a procedimentos artísticos variados, às experimentação e exploração de diferentes materiais e instrumentos, muitas vezes é apenas por intermédio da escola que esse aluno tem oportunidade de conhecer, interagir e produzir artisticamente com esses recursos, executando trabalhos, apreciando e fazendo contextualizações da produção cultural e histórica no tempo e no espaço.
Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal eo conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas a Arte propicia um modo novo de compreender o mundo contemporâneo, e com ele se relacionar e nele se inserir, estabelecendo uma nova ordem no contato com o mundo cultural, garantindo êxito no processo de ensino e aprendizagem.



As primeiras expressões artísticas
As mais antigas figuras feitas pelo ser humano foram desenhadas em paredes de rocha, sobretudo em cavernas. Esse tipo de arte é chamado de rupestre, do latim rupes, rocha. Já foram encontradas imagens rupestres em muitos locais, mas as mais estudadas são as das cavernas de Lascaux e Chauvet, França, de Altamira, Espanha, de Tassili, na região do Saara, África, e as do município de São Raimundo Nonato, no Piauí, Brasil.
Dentre as pinturas rupestres destacam-se as chamadas mãos em negativo e os desenhos e pinturas de animais. As mãos em negativo são um dos primeiros registros deixados pelos nossos ancestrais que viveram por volta de 30 mil anos atrás, no período da Pré-História chamado de Paleolítico.
Nos desenhos e pinturas de animais, chama nossa atenção o naturalismo: o artista pintava o animal do modo que ele o via, reproduzindo a natureza tal qual seus olhos a captavam.

Conhecendo mais sobre a Arte:
Dentre os possíveis e variados conceitos que a arte pode ter podemos sintetizá-los do seguinte modo – a arte é uma experiência humana de conhecimento estético que transmite e expressa idéias e emoções na forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura, etc.)e que possui em si o seu próprio valor. Portanto, para apreciarmos a arte é necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a refletir, a criticar e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos diferentes de fazer arte.
Quem faz a arte?
O homem criou objetos para satisfazer as necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Porque o mundo necessita de Arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura de doenças e para ajudar a explorar o mundo.
Como entendemos a Arte?
O que vemos quando admiramos uma arte depende de nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde e como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve.
Para existir a arte são precisos três elementos: o artista, o observador e a obra de arte.
O primeiro elemento é o artista, aquele que cria a obra, partindo do seu conhecimento concreto, abstrato e individual transmitindo e expressando suas idéias, sentimentos, emoções em um objeto artístico (pintura, escultura, desenho etc) que simbolize esses conceitos. Para criar a obra o artista necessita conhecer e experimentar os materiais com que trabalha, quais as técnicas que melhor se encaixam à sua proposta de arte e como expor seu conhecimento de maneira formal no objeto artístico.
O outro elemento é o observador, que faz parte do público que tem o contato com a obra, partindo num caminho inverso ao do artista – observa a obra para chegar ao conhecimento de mundo que ela contém. Para isso o observador precisa de sensibilidade, disponibilidade para entendê-la e algum conhecimento de história e história da arte, assim poderá entender o contexto em que a obra foi produzida e fazer relação com o seu próprio contexto.
Por fim, a obra de arte ou o objeto artístico, faz parte de todo o processo, indo da criação do artista até o entendimento e apreciação do observador. A obra de arte guarda um fim em si mesma sem precisar de um complemento ou “tradução”, desde que isso não faça parte da proposta do artista..


fonte: http://ellenpeliciari.arteblog.com.br/126358/VAMOS-FALAR-DE-ARTE-ENSINO-MEDIO-DO-CSSG/ <acesso 20/05/2014>

Entrevista com Regina Zilberman

Entrevista com Regina Zilberman

Pesquisadora fala sobre o trabalho com a leitura nas escolas e a importância de o professor ser ele mesmo um leitor Meire Cavalcante



A leitura é um mundo. Talvez seja ela o mundo. Dar à criança a chave que abre as portas desse universo é permitir que ela seja informada, autônoma e, principalmente, dona dos rumos de sua própria vida. Afinal, não é à toa que se fala tanto em uso social da leitura e da escrita. E para despertar nos pequenos o gosto pela literatura é fundamental que os professores sejam eles mesmos grandes entusiastas dos livros. É o que defende Regina Zilberman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A pesquisadora será uma das palestrantes do Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura - Nos Caminhos da Literatura, que se realizará a partir de amanhã em São Paulo. O evento é uma iniciativa do Instituto C&A e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Leia a seguir uma entrevista exclusiva com Regina sobre a leitura na escola. E não deixe de acompanhar, aqui no site, nos dias 22, 23 e 24 de agosto, a cobertura on-line do evento. 

O que já pode ser considerado como premissas para o docente no trabalho com a leitura? 
Regina Zilberman: Parece óbvio o que vou dizer, mas a premissa é a de que o professor seja um leitor. Não apenas um indivíduo letrado, mas alguém que, com certa freqüência, lê produtos como jornais, revistas, bulas de remédio, histórias em quadrinho, romances ou poesias. O professor precisa se reconhecer como leitor e gostar de se entender nessa condição. Depois, seria interessante que ele transmitisse aos alunos esse gosto, verificando o que eles apreciam. Esse momento é meio difícil, pois, via de regra, crianças e jovens tendem a rejeitar a leitura porque ela é confundida com o livro escolar e a obrigação de aprender. Se o professor quebrar esse gelo, acredito que conseguirá andar em frente. A terceira etapa depende de a escola, por meio da biblioteca, da ação do professor e do interesse dos alunos, disponibilizar livros para todos. Mas as publicações não podem ser produzidas pelos alunos. Caso contrário, impede-se o reconhecimento do livro como um produto industrial, com características específicas e dentro do qual existe a matéria para leitura. O aluno precisa reconhecer que essa matéria é oriunda de um terceiro, o autor, com o qual o leitor dialoga. Não existe fórmula para o trabalho com leitura em sala de aula, mas há uma série de pré-condições, como as que já citei e que considero mínimas. Precisamos, porém, reconhecer como fundamental também a valorização do trabalho do professor e o oferecimento de condições favoráveis de ensino, como segurança nas escolas públicas, livros na biblioteca, salas de aula equipadas, etc.. Essas são igualmente premissas, que não dependem do professor, mas de políticas públicas que tenham a Educação como foco principal. 

O que já se sabe quando o assunto é leitura na escola?
 Regina Zilberman: Há uma gama variada de pesquisas sobre o assunto, que começam com as questões de aquisição da escrita, estendem-se à psicolingüística e à sociolingüística e chegam à teoria da literatura, que desenvolveu uma ampla área de investigação relacionada aos processos de leitura e de formação do leitor. A escola, nesse caso, pode ser entendida tanto como o local onde se dá a aprendizagem da leitura e a preparação para o consumo de obras impressas, quanto como o espaço do desencantamento e da perda da magia trazida da infância, já que impede o contato direto com o mundo da oralidade, onde se fazia a transmissão original de histórias (contos de fadas, poemas, cantigas de ninar, etc.). A leitura na escola constitui um amplo campo de investigação porque, nas atuais condições de aprendizagem e ensino, é o lugar onde o indivíduo pode amadurecer intelectualmente ou retrair-se, evitando (ou minimizando) seus intercâmbios com o universo da cultura. 

O que ainda precisa ser mais bem investigado nessa área? 
Regina Zilberman: Acho que, no âmbito dos estudos literários, há ainda margem para estudar o impacto da leitura literária na formação do leitor, especialmente entre os jovens que freqüentam o Ensino Médio, território ainda não suficientemente mapeado nas pesquisas vigentes. 

O que leva o professor a buscar um evento como este Seminário, que tratará de leitura?
Regina Zilberman: Eventos sobre leitura são bastante procurados por professores, pois eles se sentem bastante inseguros em relação à sua prática docente. Um congresso como o de leitura que se realiza na Universidade Estadual de Campinas, a cada dois anos, reúne cerca de cinco mil pessoas. Isso sinaliza igualmente o desejo de aprender por parte daqueles que ensinam. Além disso, há o interesse em socializar experiências bem
sucedidas, razão porque é preciso estabelecer, em tais eventos, o momento de ouvir e o momento de falar. Nesses eventos se propicia o diálogo com o público e, sobretudo, a discussão sobre as alternativas que os professores encontram no trabalho com seus alunos. No evento, o tema de sua apresentação será o Ensino Médio e a formação do leitor. 
Que tipo de leitores temos nesse nível de ensino? 
Regina Zilberman: Os estudantes de classe média urbana chegam muito jovens ao nível médio. Mas lá também chegam alunos que têm apenas a noite para frequentar a escola, já que trabalham durante o dia. Assim, há situações bastante distintas. No primeiro caso, não há grande diferença entre o aluno do oitavo ano do Ensino Fundamental e o do primeiro ano do Ensino Médio. Mesmo assim, há um amadurecimento nesse período que obriga o professor a lidar com uma situação híbrida, tendo de escolher livros que representem essa passagem (publicações recentes e que abordem temas associados a problemas do mundo contemporâneo). O professor provavelmente elegerá obras de maior estofo (ou as constantes de listas de vestibular) quando o aluno estiver no segundo ano do Ensino Médio. No segundo caso, a condição é outra: o aluno trabalhador é maduro, está preocupado com o serviço diário e não tem muitas oportunidades para ler e estudar. O espaço de leitura é o tempo da sala de aula e, nesse intervalo, o professor terá de ensaiar suas estratégias de ensino. 

Qual a especificidade da leitura de textos informativos?
 Regina Zilberman: Quem lê bem um conto ou um poema, lê bem uma notícia de jornal ou um manual de história ou de química. Se isso quer dizer que compete ao professor de língua e de literatura preparar bem o aluno para a leitura de qualquer tipo de texto, significa também que a aprendizagem da leitura envolve todo o corpo docente, e que um bom professor de História ou de Química ensinará os estudantes a ler adequadamente o material escrito onde está o conteúdo de sua matéria.


fonte:
www.novaescola.com.br – visitado em 20/05/2014.

AULA FORA


Aula Fora

Devemos sempre inovar, pois temos que mostrar interesse para nossos alunos, com uma aula diferente, com preparação e objetivos diferenciados, atingindo amplamente os resultados, enfim uma AULA FORA não só motivara, mas também despertara a curiosidade, assim estaremos incentivando o prazer pela escola com aulas diferenciadas, longe das quatro paredes.

Segue exemplos a serem seguidos, mais lembre-se, sempre com preparação e objetivos

Com o apoio de uma equipe coordenação, bombeiro, motorista etc, pudemos usar como instrumento de ensino essa metodologia com o objetivo de mostrar os diferentes conteúdos trabalhados em sala e ao mesmo tempo possibilita aos alunos novos conhecimentos através de uma dinâmica divertida e interativa.

Aulas Diferentes Conquistam Alunos.

Melhorar o mundo a partir da sala de aula. Essa é a proposta de muitas escolas que tentam inovar e tornar as aulas mais atrativas para os alunos. No livro Em busca do sucesso escolar, a professora Ester Luisa Dias atribui o abandono escolar ao estilo de ensino inadequado, associado aos problemas familiares. Atrair o aluno e facilitar o aprendizado tem reflexos positivos na redução de índices de violência e dependência de drogas.

Associar visualmente o conteúdo é a proposta da escola, quando utiliza esse método cujo foco é o aluno e o seu potencial, proporcionando aos alunos um despertar harmonioso de todas as suas capacidades.




Fonte:

Aulas fora da sala de aula.

Aulas fora da sala de aula
 
Todos sabem da importância de propor atividades variadas e estimulantes em aula para manter o interesse dos alunos. Por isso, algumas escolas permitem, ou até exigem, que os professores incluam atividades fora da sala de aula, no laboratório ou no auditório, ou muitas vezes fora do prédio escolar, como num restaurante ou lanchonete, por exemplo.
 
Claro que há alguns cuidados a serem tomados com as aulas fora do ambiente escolar, principalmente se os alunos forem menores de idade, situação em que será necessária a autorização dos pais para que eles se ausentem do local. Também é necessário avisar com antecedência se o aluno terá algum gasto com a atividade. Além disso, é importante esclarecer os objetivos dessa aula externa e reforçar que o foco da comunicação deve ser sempre em inglês, caso contrário muitos alunos podem achar que é “perda de tempo”, que o professor está “matando aula” ou nem aparecer se avisados com antecedência.
 
Fonte: http://blogdadisal.blogspot.com.br/2013/10/aulas-fora-da-sala-de-aula.html <acesso em 18/05/2014>